domingo, 24 de julho de 2016

A JUSTIÇA DIVINA





                Numa das leituras de hoje, indagaram a Jesus sobre a justiça. Começando pelo número  50, descendo ao número 10, Jesus sempre disse que pouparia a cidade da destruição se houvesse nela houvessem pelo menos 10    justos.
                 E, em nossos dias, quantos justos Ele encontraria? 
                 Em meio a tanto ódio,destilado contra pessoas que não são do agrado de alguém, haveria pelo menos um justo?
                  Quando se decreta a morte de inocentes, indefesos, pobres, marginalizados, haveria pelo menos um justo?
                  Quando se pratica tantos terrorismos, por causa de religião,pela cor da pele, pela raça, etc..., haveria pelo menos um justo?
                   Quando muitos esbanjam bens e riquezas, enquanto outros nem migalhas têm para sobreviver, haveria pelo menos um justo?
                   Quando a fome, a doença, a miséria se espalham pelo mundo, por falta de cuidados por quem deveria tê-los, haveria pelo menos um justo?
                   Quando grupos se juntam para roubar de quem tem quase nada, haveria pelo menos um justo?
                   Quando na terra se ouve tantos gemidos de dores, perdas motivadas por tantas guerras, disputas pelo poder, por reinos e riquezas pessoais, haveria pelo menos um justo?
                    Quando, em nome do progresso e da civilização, animais, rios e florestas são dizimados, haveria pelo menos um justo?
                    Desde que toda plantação gera uma colheita, o que  colherão as futuras gerações?
                    Porque a justiça do Altíssimo não falhará! A dos humanos, sim!


                                                       Foto da internet
                    

sábado, 23 de julho de 2016

OS DESCAMINHOS

    

         Os descaminhos também nos  fazem chegar.Ainda que nos falte discernimento para perceber, a natureza da vida  é paciente com os debilitados. E não poderia ser diferente.Ela está atada ao inesgotável coração de Deus, origem de toda compaixão.
          A travessia é mistério que não nos  pede inerrância.Suas exigências são outras.Determinação,  honestidade na busca,retidão nas intenções.
           A contradição é tatuagem existencial.Na precariedade também somos sublimes.A aura sobrenatural descansa sobre o sofrimento humano, paira sobre as indigências que nos hospedam.

           O dolorido da vida está sempre grávido de beleza.O processo criativo não se alimenta do que temos. A Ele basta o que em nós se ausenta.
             Não é mister desatar este nó, tampouco perguntar o motivo de ser assim.Esse avolumado de contradições é religioso. Pertence à ordem do mistério.Não cabe perguntar. Basta que seja por nós reverenciado, com os pés descalços
             Sobre Deus é bem mais prudente  silenciar do que dizer.A vida me ensinou.....


                                                                      Do livro: O Discípulo da Madrugada
                                                                       Pe. Fábio de Melo