Quando olhei a terra ardendo,
Qual fogueira de São João,
Eu perguntei a Deus do Céu, ai,
Porque tamanha judiação.
Que braseiro, que fornalha,
Nem um pé de plantação,
Por falta d'água perdi meu gado,
Morreu de sede meu alazão.
Até mesmo a Asa Branca
Bateu asas do sertão,
Então eu disse: adeus, Rosinha,
Guarde contigo meu coração.
Hoje, longe muitas léguas,
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão.
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro, num chore não, viu?
Que eu voltarei, viu, meu coração!
De: Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira
Foto da Internet
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