quinta-feira, 16 de outubro de 2014

ASA BRANCA




Quando olhei a terra ardendo,
Qual fogueira de São João, 
Eu perguntei a Deus do Céu, ai, 
Porque tamanha judiação.

Que braseiro, que fornalha, 
Nem um pé de plantação, 
Por falta d'água perdi meu gado, 
Morreu de sede meu alazão.

Até mesmo a Asa Branca
Bateu asas do sertão,
Então eu disse: adeus, Rosinha, 
Guarde contigo meu coração.

Hoje, longe muitas léguas, 
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão.

Quando o verde dos teus olhos
Se  espalhar na plantação
Eu te asseguro, num chore não, viu?
Que eu voltarei, viu, meu coração!

De: Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira
Foto da Internet

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