Dois garotinhos brincavam no sítio dos avós, quando disseram um ao outro:
vamos ver quem fica rico primeiro quando crescer? ___Vamos, foi a respota.
Então vamos plantar alguma coisa, mas nenhum de nós deve saber durante se-
te anos, combinado?___Sim, disse o outro.
Como moravam em cidades distantes, ao chegarem em casa cumpriram a pro-
messa. Um, plantou uma cédula de vinte reais, marcou bem o lugar, para não per-
der. O outro, plantou um grão de feijão, fazendo o mesmo, para saber onde tinha
plantado. Todos os dias, ambos molhavam o lugar, para que o plantado tivesse
vida. O que plantou feijão, em poucos dias viu que a terra estava estufando, com pe-
quenas rachaduras. Em poucos dias viu nascer uma plantinha, tenra, mas verdinha.
E ficou muito feliz. O outro, embora nada visse, contuava a molhar o que fora planta-
do. O primeiro, logo colheu quase um copo de sementes, falou pro seu pai o que tinham
combinado e o pai o ajudava em novas plantações. Em pouco tempo, o pai foi obrigado
a comprar uma área maior, porque já rendiam sacas e mais sacas de feijão. Com a ven-
da do produto, foram comprando mais terras pra plantar, compraram bois, vacas, frotas
de ônibus, caminhões e por aí afora.
O outro,ao contar para o pai o que fizera, ouviu dele uma grande lição e ficou muito
triste. Passados os sete anos, se encontraram novamente, e agora, já crescidinhos, quase
moços, ficaram sabendo o que ambos tinham plantado.
É claro que é um conto de ficcção, mas pensando bem: o que é que estamos plantando?
Porque na vida, toda colheita depende do que plantamos!
E sempre colhemos em abundância!