terça-feira, 19 de novembro de 2013

A MORINGA E O COROTE



Na roça, o pai, numa rede, 
Disse às duas meninas:
"Vão, depressa, tenho sede, 
Buscar água, lá  na mina!"

Ambas, pulando, saíram, 
Correndo, dando pinotes, 
Uma , com uma moringa, 
Outra, levava um corote. 

Ao chegarem no barranco, 
Numa sombra se sentaram, 
Tendo uma pedra por banco, 
Um plano, então, armaram:

"Vamos soltar as vasilhas, 
Que elas descem rolando, 
E, então, sem essas bilhas, 
A gente vai, descansando ?"

A ladeira era tão forte, 
Que qualquer um se cansava, 
Nos cipós, com muita sorte, 
As garotas se agarravam!

A moringa era pesada, 
Em desabalada saiu, 
E, antes mesmo da chegada, 
Na descida se partiu!

O outro, por ser mais leve, 
Chegou até à baixada, 
Bateu numa pedra, e teve
Sua madeira rachada!

De mãozinhas abanando, 
As crianças regressaram, 
Sedentos, muito cansados, 
Todos pra casa voltaram!

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