Bem juntinho à parede,
Da pia de lavar louças,
Algo verdinho brotou.
Em pouco tempo,
Folhinhas foram crescendo,
E, no cimento,
Um novo ser despontou...
Abismada fiquei,
Ao presenciar tal cena:
Na pedra?!
Coitadinha,
Morrerá, sem mais demora!
Num xaxim, cheio de terra
Bem fofinha,
Coloquei a pequenina,
Pensando em sua melhora!
Porém , não durou muito,
E ela não sesistiu...
Ao mudar-se da pedra,
Em pouco tempo falece!
Foi aí que refleti:
Quando Deus quer,
Até no asfalto
A vida floresce!
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