Tortuosa era uma parte da rodovia,
Como uma cobra, sinuosa, ao levar
na cabeça uma pancada, mais parecia!
Seguindo essa estrada,também corriam margeando,
águas silenciosas de um grande rio!
Imprudentes motoristas, em altas velocidades,
Disputavam essa perigosa pista!
Correndo, pareciam voar, a perder de vista!
De repente, uma carreta, levando pesada carga,
Pulando alto, rodopiou, e no rio se afundou!
Muita gente chegando, para ver o acidente,
Ou tentar talvez, salvar o motorista.
Mas, por azar, entre os presentes, ninguém sabia nadar!
E os bombeiros demorariam a chegar!
Sem mesmo pensar na morte, mamãe na água pulou,
Não temendo a procela, pois, talvez o condutor
Pudesse ser um filho dela!
Numa pedra deslizante, escorregou,
E no rio caiu! Por sorte, num tronco forte,
Ela se agarrou e saiu!
Senti, então nova vida, por mamãe ter se salvado,
E, ao mesmo tempo, aborrecida, porque do motorista
Ninguém sabia de nada: morreu ou viveu?
Aliviada mesmo, só fiquei, ao acordar,
E notar do dia o selo, e verificar que tudo
Não passou de um sonho ou pesadelo!
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